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terça-feira, 16 de setembro de 2014

ONU SE MOSTRA PREOCUPADA COM RACISMO NO BRASIL

Foto: Reprodução:
Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Afrodescendentes divulgou relatório apontando que o problema no país é “estrutural e institucional”. O levantamento mostra que os negros têm maior taxa de desemprego, menor expectativa de vida e menos acesso ao saneamento básico adequado. Na área da educação, foram encontrados os maiores indícios de desigualdades de discriminação. Para os membros do grupo de trabalho, a polícia precisa de treinamento e sensibilização para mudar a cultura de violência muitas vezes usada como pretexto para segurança nacional
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Afrodescendentes no qual demonstrou preocupação com o racismo “estrutural e institucional” existente no Brasil. A equipe esteve no Brasil em dezembro e observou aspectos relativos à educação, cultura, violência, acesso à Justiça e emprego, de acordo com matéria daAgência Brasil. Apesar de continuarem a maioria da população brasileira, o levantamento aponta que os negros sofrem com desigualdades em diferentes aspectos, como maior taxa de desemprego (cerca de 50% maior) e menor expectativa de vida: vivem seis anos a menos. Aproximadamente 52% dessa população também não têm acesso a saneamento básico adequado. Na área da educação, foram encontrados os maiores indícios de desigualdades de discriminação e é apontada como essencial para alterar as representações e estereótipos da sociedade. A atuação da polícia também foi citada. Para os membros do grupo de trabalho, a corporação precisa de treinamento e sensibilização para mudar a cultura de violência que muitas vezes é usada como pretexto para a segurança nacional.
A assessora internacional da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Magali Naves, diz que o governo brasileiro reconhece o problema. Uma prova disso foi a criação da própria secretaria, em 2003. “Isso é um avanço para se tratar dessas questões e tem se tentado adotar medidas para inverter a situação. Por isso as cotas na educação, no serviço público, a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, a criação do Plano Juventude Viva, que é contra o assassinato de jovens negros, além de outras ações. Isso é um processo”. O documento da ONU elogia a criação das cotas e a decisão do Supremo Tribunal Federal pela constitucionalidade do sistema, mas ressalta que novas medidas devem ser adotadas para que esses estudantes permaneçam estudando nas instituições de ensino superior do país.

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