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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Pedro Carvalho:o protagonista de "Escrava Mãe" nova novela da record

  • Português, Pedro Carvalho trabalha pela primeira vez no Brasil - Foto: Divulgação
Um jovem português bem-educado e de boa formação que chega a uma cidade em busca de oportunidades. As histórias de Pedro Carvalho e seu personagem Miguel, protagonista de Escrava Mãe, que estreia em outubro, na Record, se cruzam em diversos aspectos. Aos 30 anos, o ator faz seu primeiro papel no Brasil na trama de Gustavo Reiz, como par romântico da sofrida Juliana, vivida por Gabriela Moreyra. Um sonho antigo que, enfim, se realiza.
Formado em Arquitetura, Pedro concluiu um curso profissional de atores e estreou na televisão em 2007, na série adolescente Morangos com Açúcar, da TVI. Mas foi o personagem homossexual Paulo, da novela O Beijo do Escorpião, do mesmo canal, que o deixou em evidência e o fez ganhar mais destaque na profissão. "Sempre procurei investir bastante em mim e não ser só 'uma cara bonita da TV'", garante.
Essa é sua primeira experiência profissional fora de seu país. Como tem sido a nova fase?
Estou a adorar. Era um sonho antigo trabalhar no Brasil, ainda mais fazendo um protagonista.
Como esse personagem chegou até você?
Uma grande amiga minha, a Mariana Nogueira, agente de atores brasileiros, me dizia que eu tinha de tentar uma carreira no Brasil. Estava escalado para gravar mais uma novela em Portugal, até que a própria Mariana me ligou e falou de Escrava Mãe. Disse-me que estavam muito inclinados a me escolherem, porque gostavam do meu trabalho. Nem valorizei, porque pensei que estariam tanto interessados em mim como em outros 10 ou 20. Uma semana depois, ligou-me a contar que me queriam mesmo e que, se eu aceitasse, seria apresentado à imprensa. Vim, sem hesitar.
O que passou por sua cabeça quando decidiu vir para o Brasil?
Pensei na grande oportunidade e que teria de dar o meu melhor para provar que estou à altura. Mas sempre com os pés no chão. Não houve grande tempo para me deixar intimidar. Foi tudo tão rápido e intenso! Era como realizar um sonho: o de começar a fazer televisão no Brasil. Porém, nunca fui deslumbrado. Sou até mais tímido.
O que esse trabalho significa?
Depois de tantas novelas em Portugal, este é, sem dúvida, o projeto mais incrível e mais desafiante que fiz até hoje. Não falo apenas por ser fora da minha zona de conforto, que é viver no meu país, rodeado pelo público que conheço e que já gosta de mim. Falo também pelo projeto e pelo personagem, que é muito complexo. É maravilhoso e instigante.
Tem algo em comum com o Miguel?
Várias coisas: o fato de ser romântico, aventureiro, sensível e intenso nas suas emoções, por exemplo.
As gravações já começaram. O que mais tem ajudado você nessa fase inicial?
As gravações são muito intensas, de segunda a sábado. Ter tempo para me preparar é muito gratificante e tranquilizador.  Desde fevereiro tenho aulas de fonoaudiologia que servem para atenuar um pouco o sotaque português.
Ficou impressionado com a estrutura? É muito diferente de Portugal?
Muito. Agora entendo porque se diz que o Brasil é o rei das novelas. Os figurinos que nós usamos são da mesma empresa que faz os da série Game of Thrones. É muito bom ver todos os dias a dedicação e empenho de tantos atores, técnicos e direção para que Escrava Mãe seja um grande sucesso.
Quais as principais dificuldades ao interpretar um personagem de época?
É uma novela que se passa em 1808. Os maiores desafios são a forma de falar, os costumes, os interesses sociais e perceber a conjuntura política desse período de escravidão que a história aborda. 
Seu último trabalho em Portugal foi como um homossexual em O Beijo do Escorpião. Qual balanço faz desse personagem?
Foi uma novela incrível, um projeto arrojado e arriscado que se tornou líder de audiência. O meu personagem era bastante polêmico e os autores, desde o início, disseram que não tinham a pretensão de chocar ninguém. Porém, também não pretendiam enganar o público. Ele acabou por se tornar o papel mais querido da novela pelo tema que abordava. A história abriu cabeças e fez entender que o amor não escolhe sexo nem idade e que a homossexualidade não é uma doença ou defeito. Mostrou as coisas como elas são e como sempre deveriam ser retratadas para quem assiste, sem subterfúgios.
Como está a nova vida no Brasil?
Confesso que ainda não tive muito tempo para conhecer este vasto e lindo Brasil porque gravo muito, mas espero resolver isso logo. Já me sinto em casa. Tinha passado um final de ano em Florianópolis, em 2007. Não conhecia nem São Paulo nem o Rio de Janeiro.
O que mais gostou e o que menos gostou por aqui?
Gosto de muitas coisas. É difícil enumerar em poucas palavras, mas tem o fato de sermos países irmãos, que falam a mesma língua, a gastronomia fabulosa, as pessoas simpáticas e amáveis e também de a novela ser quase encarada como um elemento cultural, que reúne as pessoas em uma mesma mesa. Quanto à coisa que menos gostei, sem dúvida está o trânsito caótico!
Pretende ficar por aqui depois que a novela terminar?
Gostaria muito! Adoraria que surgissem novos convites para integrar outras produções de TV ou cinema. Seria um sonho conquistar uma carreira sem fronteiras entre Portugal e Brasil.
Gostaria de trabalhar com algum ator ou diretor brasileiro?
Sou fã de Adriana Esteves, Antonio Fagundes, Glória Pires, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Mateus Solano, entre muitos outros... Também admiro muito a escrita dos autores Walcyr Carrasco e João Emanuel Carneiro. Adoraria um dia poder integrar uma novela deles.
Quais são seus sonhos ainda não realizados?
Sou um eterno sonhador. O sonho comanda a vida. Ainda tenho muitos por realizar, como, por exemplo, conquistar o público brasileiro e poder ter mais oportunidades em novelas no Brasil. E o principal e mais importante de todos: ser feliz.

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