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terça-feira, 20 de outubro de 2015

'Bang' de Anitta tem início poderoso, mas tropeça em clichês

A cantora Anitta faz dança sensual durante show no Elle Fashion Preview, evento de moda realizado dentro do Aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada (Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Quem ouve as duas primeiras faixas do novo CD da Anitta, "Bang", se pre-para e espera uma joia do pop brasileiro.
O estouro é mais fugaz, entretanto. Com início quase perfeito (com a faixa-título e "Deixa ele sofrer"), o terceiro disco da ex-funkeira tem altos e baixos. 
São 14 músicas, cinco participações especiais e Umberto e Mãozinha mais uma vez escalados como produtores do disco. Diferentemente dos dois trabalhos anteriores, há músicas beeeem aquém do que se espera de uma cantora pop de primeiro time.
A abominável "Cravo e canela", cantada com Vitin (da banda de reggae Onze:20), parece sobra de Seu Jorge. "Volta amor" é uma "Zen" piorada, feita para ocupar a cota música de luau e de FM de elevador. "Me leva a sério" lembra um pesadelo com discursinho que destoa de outras letras muito mais sagazes.
No geral, "Bang" mira com precisão no pop, embora erre o alvo tantas vezes. Quando acerta, aí é para matar. São os casos das duas primeiras e também de outras como "Pode chegar", com Nego do Borel; e "Gosto assim", com Dubeat.


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