Top Sexy

domingo, 3 de janeiro de 2016

AS 10 MAIORES BILHETERIAS DO CINEMA BRASILEIRO EM 2015 FORAM COMÉDIAS

As 10 maiores bilheterias do cinema brasileiro em 2015 foram comédias

De acordo com dados compilados pela Rentrak Brasil, o cinema brasileiro se resumiu à comédias em 2015. Pelo menos, do ponto de vista do público, que lotou os lançamentos do gênero. De forma impressionante, todo o Top 10 das maiores bilheterias do ano foi tomado por comédias.
O fenômeno é reflexo do “gosto” do circuito, que abriu suas portas para os humorísticos da Globo Filmes. A maioria das comédias listadas tiveram lançamentos em mais de 500 salas de cinema. A mais modesta, “S.O.S. Mulheres ao Mar 2”, abriu em 430 telas, enquanto a mais ambiciosa, “Até que a Sorte nos Separe 3”, saiu derrubando recordes com estreia em 810 salas. Conforme esperado, o filme estrelado por Leandro Hassum precisou só de uma semana para entrar no Top 10 anual.
Entre as comédias mais cotadas, quatro são continuações, demonstrando a vocação para blockbuster tropical que o mercado lhes delegou. Quatro também são derivadas de séries ou programas humorísticos, confirmando a tendência televisiva deste tipo de cinema. Para completar, muitas dessas comédias foram criadas “em série” pela mesma equipe, o que deixas todas parecidas, como produtos de uma linha de montagem industrial. O diretor Roberto Santucci chega a ter três filmes no Top 10 – um fenômeno! – , seguido pela cineasta Chris D’Amato, com dois títulos. Ou seja, duas pessoas respondem pela metade do Top 10 de 2015.
Por outro lado, esta concentração deixa um grande vazio na produção nacional de outros gêneros. Mas isso não é culpa dos cineastas, que rodaram vários filmes, inclusive premiados no exterior. A culpa é, sim, do mercado exibidor, que não programa lançamentos sem rostos sorridentes de atores da TV Globo. Acreditam que o público não vai querer ver. E já tomam a decisão pelo público, impedindo-o mesmo de ver.
O drama mais bem qualificado no ranking foi “Que Horas Ela Volta?”, produção premiada nos festivais de Sundance e Berlim, e candidato brasileiro a uma vaga no Oscar, que teve cobertura intensa na mídia, inclusive com matérias no “Fantástico”. Mesmo assim, foi lançado em ridículas 91 salas. Com o buxixo na imprensa, manteve-se em cartaz por mais tempo que a maioria dos dramas nacionais, cujo destino em 2015 foi entrar e sair dos cinemas em poucos dias, o que resultou em 496 mil espectadores e a 11ª maior bilheteria nacional do ano.
O maior filme de ação, por sua vez, foi “Operações Especiais”, assistido por 358 mil espectadores em 14º lugar no ranking geral. Já o primeiro suspense da relação é “O Vendedor de Passados”, visto por 82 mil pessoas em 20º lugar. Mas a maior curiosidade está a inclusão de dois documentários entre os 20 filmes mais vistos do ano: “O Sal da Terra” (17º lugar) e “Chico – Artista Brasileiro” (19º lugar).
O resto do Top 20 é só comédia. E isto não devia ser razão para rir

0 comentários:

Postar um comentário

Top Ad 728x90