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sábado, 16 de janeiro de 2016

Por que ‘O Menino e o Mundo’ foi indicado ao Oscar, segundo críticos


A animação brasileira “O Menino e o Mundo”, do diretor Alê Abreu, vai concorrer ao Oscar de melhor animação em 2016. O anúncio foi feito pela Academia nesta quinta-feira (14).
O filme conta a história do menino Oninem, que mora com a família no campo, mas vai para a cidade em uma carroça em busca do pai, que embarcou em um trem e desapareceu. Lá, ele enfrenta as maravilhas e o progresso assustador das metrópoles cheias de fumaça.
As aventuras são percorridas ao som da trilha sonora do rapper Emicida e do percussionista Naná Vasconcelos, e quase não há falas no filme.
Assista ao trailer:

“O Menino e o Mundo” concorre com “Divertidamente”, “Anomalisa”, “Shaun: O carneiro” e “As memórias de Marnie”. E se depender da crítica nacional e estrangeira, “O Menino e o Mundo” tem boas chances: o filme foi bastante elogiado na imprensa de todo o mundo. Veja o que a crítica disse sobre ele:
“Mas mesmo que o filme pudesse ser acusado de falta de sutileza e de carregar na fantasia, ele espalha uma mensagem com efeito sóbrio em uma história lúcida, que permanece visualmente viva e inventiva por todo o filme - a estética segue mudando constantemente, mas permanece fluida.”
“Até mesmo - ou talvez principalmente - durante seus momentos mais intensamente tristes de injustiça, “O Menino e o Mundo” é visualmente encantador. As técnicas e estilos usados atravessam uma gama incrível, de primitivismo modernista (a la Joan Miró) a incorporação poluída de imagens futuristas para retratar um pesadelo labiríntico de progresso humano desumano. [...] a animação de Abreu se mantém tão interessante ao longo do filme porque sempre parece feita à mão [...]”
“O mínimo que se pode dizer de O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, é que é uma animação diferente das que lançam os grandes estúdios. O segundo longa de animação de Abreu é traçado de forma artesanal, destoando da linha de montagem da computação gráfica, que ofereceu muitas facilidades ao gênero, mas também lhe limitou a criatividade. Aqui, o traço parece saído da mão e obedecendo à inspiração do seu criador e de sua equipe de desenhistas.”
“As escolhas ousadas e arriscadas do diretor e sua equipe mostram sua razão de ser a cada cena -- como outra coisa impressionante, o uso do branco. Com "O Menino e o Mundo", Abreu fez um pequeno milagre, um manifesto necessário e instigante que merece ser duradouro e visto por crianças e adultos também de muitas gerações por vir.”
“Esta acaba sendo uma produção triste, amarga, por trás do tom colorido da superfície. O ‘Menino e o Mundo’ lembra produções como ‘A Viagem de Chihiro’ ou ‘O Mágico’, de mestres da animação Hayao Miyazaki e Sylvain Chomet, que contrastaram muito bem o mundo idealizado da infância à vida embrutecida dos adultos. O tom de melancolia impregna este filme de excelente qualidade técnica, além de uma inventividade ímpar na representação dos espaços e do som (quer cena mais bonita do que o garoto guardando numa caixa a música tocada pelo seu pai?). Esta é uma produção capaz de divertir e suscitar a reflexão de crianças e adultos, por razões diferentes e em níveis distintos. Estas qualidades fazem de ‘O Menino e o Mundo’ um filme muito mais complexo e rico do que os seus simples traços permitem imaginar.”

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