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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Jean Wyllys é destaque em jornal francês por sua luta solitária contra homofobia


O deputado Jean Wyllys ganhou destaque no jornal francês “Le Monde”, que relatou sua “luta solitária” pelos direitos dos cidadãos LGBT, em um país que insiste em ter homofobia e transfobia. O periódico da França destaca ainda o posicionamento do parlamentar contra o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
A notícia diz que votação ocorrida no dia 17 de abril pelo deputados a favor da abertura do processo de impedimento da petista foi um espetáculo constrangedor por parte dos políticos, que tiraram selfies, homenagearam suas famílias e a Deus.
O Le Monde dá ênfase para o discurso do deputado Jair Bolsonaro (PP), o qualificando como uma espécie de “Jean-Marie Le Pen do Brasil”, que votou pelo impeachment, homenageando o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, culpado de atrocidades durante a ditadura militar.
“Quando chegou a vez de Jean Wyllys, deputado do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL, esquerda), anunciar o seu voto, o mesmo Jair Bolsonaro teria feito comentários no mínimo inapropriados ao deputado homossexual: “viado”, “boiola”, ou ainda “queima-rosca”. Antologia de grosserias do “festival off” que escaparam dos microfones e dos telespectadores. Contactado, Sr. Bolsonaro não respondeu às nossas solicitações”, diz a tradução que o deputado do PSOL veiculou na rede social.
Na sequência, o jornal conta que Jean Wyllys ficou ofendido e cuspiu no rosto do parlamentar, assumindo seu ato e afirmando que repetiria.
“O quadragenário, filho de uma lavadeira do Nordeste, defensor dos direitos das minorias sexuais, raciais, religiosas, a favor da legalização do aborto e da maconha, é o exato oposto de Jair Bolsonaro, seu inimigo declarado. Ele também é o seu alvo preferido. O jovem político quase se acostumou a ouvir seus comentários humilhantes nos corredores da Câmara dos Deputados”, destaca a publicação traduzida.
O diário francês aponta que, depois do ocorrido na votação, seus amigos políticos esperado vários dias para se posicionar favoráveis ao deputado nordestino. Continua a notícia buscando dados da Secretaria de Direitos Humanos do governo brasileiro, mostrando que as notificações de violências físicas, verbais, psicológicas e discriminações sofridas pela comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais (LGBT) aumentaram 94% entre 2014 e 2015.
Mostra ainda, que o país é foi o que mais registrou crimes contra pessoas “trans” (transgêneros, transsexuais, travestis…), com 802 vítimas registradas entre 2008 e 2015 pela organização não governamental Transgender Europe (TGEU).
“Apesar de sua imagem libertária, o Brasil é um país profundamente conservador, confirma o sociólogo Daniel Pereira Andrade, professor da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. ´Se Bolsonaro provoca dessa maneira, é também para agradar o seu eleitorado´, diz o sociólogo”, revela o jornal.

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