“Menino 23”: as marcas do racismo reveladas por sobreviventes em documentário brasileiro

O professor e historiador Sidney Aguilar dava aulas para uma turma de ensino médio em 1998. Na ocasião, ele falava um pouco mais sobre o terror que foi o nazismo alemão quando uma de suas alunas revelou que havia centenas de tijolos na fazenda de sua família com o símbolo nazista, a suástica. Isso foi o suficiente para que ele começasse uma pesquisa.

A investigação de Sidney é o tema central da produção nacional Menino 23, que narra a jornada do historiador na busca de pistas até entender a fundo o que de fato havia acontecido naquele lugar. E suas pesquisas o levam a uma descoberta assustadora.

Fazendo jus à expressão “quem procura, acha” (de uma forma completamente negativa, mas importante para a história) Sidney descobriu que durante a década de 1930, o total de 50 meninos negros e mulatos foram tirados de um orfanato no Rio de Janeiro e levados para a fazenda onde os tijolos com a suástica foram encontrados.

Como se a realidade dos meninos já não fosse triste o suficiente, na fazenda eles perderam seus nomes e passaram a ser identificados por números. Nas terras eles foram submetidos a exercer trabalho escravo por uma família que era integrante da elite político-econômica do país, e pior, era ainda favorável aos ideais nazistas.

.O filme está com lançamento previsto para o dia 7 de julho