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domingo, 12 de junho de 2016

Um jovem negro é morto no Brasil a cada 23 minutos, aponta relatório

A cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil. Isso quer dizer que, a cada ano, 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são mortos. A taxa de homicídios entre jovens negros é quase quatro vezes a verificada entre os brancos, o que reforça a tese de que está em curso um genocídio da população negra.
Esses dados estão presentes no relatório final da CPI do Senado sobre o Assassinato de Jovens. O texto foi apresentado nesta quarta-feira (8) pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O relatório final sugere três principais ações: um Plano Nacional de Redução de Homicídios de Jovens, transparência de dados sobre segurança pública e violência e fim dos autos de resistência (termo utilizado por policiais que alegam estar se defendendo ao matar um suspeito). A unificação das Polícias Militar e Civil é outra sugestão do documento.
A comissão, instalada em maio de 2015, ouviu mais de 200 pessoas em 29 audiências públicas em vários estados. De acordo com dados apurados pelo colegiado, o homicídio continua sendo a principal causa de morte de jovens negros, pobres, moradores da periferia dos grandes centros urbanos e também do interior do país.
“A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil. Isso equivale à queda de um jato cheio de jovens negros a cada dois dias. Genocídio da população negra é a expressão que melhor se enquadra à realidade atual do Brasil”, disse o relator da CPI, senador Lindbergh Farias.

Para reverter esse quadro e enfrentar o que é considerada por muitos uma cultura da violência, baseada no racismo e no preconceito, o relatório aborda várias questões, como a política de combate às drogas e a reforma do sistema de segurança pública, que envolve a discussão sobre a formação e estruturação das polícias; o encarceramento e a redução da maioridade penal.

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