2014 está chegando ao fim, e tem tudo para ser um dos anos mais marcantes da TV brasileira, só que de forma negativa. Este ano foi marcado por dezenas de fracassos e quedas históricas de audiência, que há muito tempo não se via, ou melhor, nunca se viu. Isso tem uma explicação até um pouco óbvia: a falta de criatividade das emissoras. Aproveitando o gancho, começaremos a fazer uma análise justamente do que foi negativo na TV em 2014.
Foi mal
A Globo deveria tirar um pouco o foco de produções “hollywoodianas” e dar mais atenção ao conteúdo, afinal, a maioria do público dá importância a isso, e não liga muito para efeitos de produção. Isso vale para todas as emissoras, que acreditam que a solução para a baixa audiência, é o capricho na produção, deixando o conteúdo de lado.
Outra decepção, que inclusive, já abordei aqui em outra edição da coluna, foi o “Tá na Tela” com Luiz Bacci. O “Menino de Ouro” trocou a Record pela Band, em um aparente “negócio da China”, e o público criou uma grande expectativa em torno do novo programa do apresentador. Muita gente passou a acreditar que ganharia uma boa opção de programa de entretenimento nas tardes da TV. No entanto, a atração usou e abusou do sensacionalismo, e transformou-se praticamente em um programa policial às 15h30, que muitos críticos apelidaram de “Brasil Urgente – 1º edição”, já que a atração antecede o “Brasil Urgente”, comandado por Datena.
Certamente pelo sensacionalismo exagerado e o estilo que o programa tornou-se, a atração rendeu a baixo do esperado na audiência, e já tem seu fim decretado, passando apenas quatro meses no ar.
Outro que também decepcionou e muito, foi o “Arena SBT”. Para tentar “lucrar” em cima da Copa, a emissora de Silvio Santos decidiu apostar em um programa esportivo, que convenhamos, de esportivo não tinha quase nada. Sem muita experiência na área, o canal acabou deixando a atração totalmente “perdida”, e não conseguiu traçar o seu perfil.
Colocado em um horário totalmente desapropriado, e em pleno sábado, dia da semana em que geralmente o número de TV’s ligadas é menor que o normal, era questão de tempo para que o título de fiasco surgisse e o seu fim fosse decretado.
A “Fazenda” não fica para trás na lista de decepções em 2014. A Record exibiu este ano, a sétima temporada do reality, que chegou ao fim, com o título de pior edição.
Foi Bem
Em 2014 também tiveram alguns acertos, poucos é verdade, mas que com certeza, servirão de legado. A principal delas, sem dúvida nenhuma, foi “Dupla Identidade”. A primeira temporada da série escrita por Glória Perez, teve uma audiência razoável, no entanto, sua qualidade surpreendeu positivamente. A atração foge dos gêneros já existentes aqui no Brasil, mas com uma trama bem armada, provou que não são só os americanos que conseguem escrever e produzir séries desse gênero.
Aproveito aqui, para ressaltar a decisão da Globo em produzir em 2015, uma série do gênero de terror, que tem um grupo bastante amplo de fãs, e um público “órfão” aqui no Brasil, que é o dos jovens. Se a atração também corresponder na qualidade, certamente, os resultados serão satisfatórios, e lançará uma grande inovação por aqui.
Muita gente já define a atual temporada como a melhor de todos os tempos até agora. Não chega a tanto, mas merece muitos elogios e atenção para o desenvolvimento de novas temporadas.
A dobradinha entre o “Domingo Show” e o “Hora do Faro” foi algo que deu muito certo na Record. Os dois programas, principalmente o dominical comandado por Geraldo Luís, conseguiu tirar a Record do terceiro lugar e colocar na vice-liderança isolada no horário.
O “Hora do Faro” já é um pouco mais instável na audiência, e trava uma verdadeira batalha com Eliana do SBT, mas também consegue se manter na vice com uma certa frequência.
De todos os acertos citados anteriormente, o “MasterChef” foi o que surgiu como grande novidade. Obviamente já existem diversos realities aqui no Brasil, mas de gênero culinário, exibido na TV aberta, foi o primeiro. É possível afirmar que o que transformou o reality da Band em um sucesso, foi a sua produção. A emissora seguiu exatamente a mesma forma de produção da atração em outros países, onde o diferencial, é justamente a qualidade da produção.
A verdade é que o formato do “MasterChef” é um grande sucesso, e a Band soube apresentá-lo bem aqui no Brasil. A expectativa agora, é de que a emissora do Morumbi saiba gerenciar bem o reality após o sucesso, e não estrague a atração com exageros.
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