Mendes não é o único brazuca a ostentar um Grammy (o geral mesmo, não o Latino, que só teve sua primeira edição em 2000 e tem beeem menos relevância). Em 1965, dois baianos foram premiados em duas das maiores categorias do evento: o casal Astrud e João Gilberto. A cantora levou o prêmio de Gravação do Ano por “The Girl From Ipanema”, versão em inglês do clássico de Tom e Vinicius, gravada com Stan Getz. O saxofonista americano também ajudou na conquista de João, já que Getz/Gilberto foi escolhido o Álbum do Ano. Antes deles, o violonista erudito Laurindo de Oliveira já amealhava Grammys. Segundo o site da entidade, o brasileiro levou cinco troféus entre 1960 e 1964.
Em 1974, outro de nossos conterrâneos voltou para casa com um gramofone em mãos. Eumir Deodato venceu na categoria Melhor Performance Pop Instrumental por sua versão cheia de groove de “Also Sprach Zarathustra”, de Richard Strauss (aquela do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), dirigido e produzido por Stanley Kubrick).
Em 1989, foi a vez de Roberto Carlos, que arrematou o prêmio de Melhor Álbum Pop Latino pelo seu disco homônimo de 1988. Sete anos depois, Antônio Brasileiro, de Tom Jobim, foi escolhido o Melhor Álbum de Jazz Latino.
Durante quatro anos seguidos, só deu Brasil entre os álbuns de World Music. Em 1998, Milton Nascimento levou o prêmio por Nascimento, após ter concorrido outras duas vezes: em 1992, ano de criação da categoria, com Txai, e em 1995, com Angelus. Em 1999, foi a vez deGilberto Gil, por Quanta Live, em 2000, de Caetano Veloso e seu Livroe, no ano seguinte, João Gilberto entrou para o seleto time de brasileiros com mais de um gramofone na estante, com o álbum João Voz E Violão, coproduzido por Caetano.
O escrete verde-amarelo poderia ter marcado mais um gol se Gil And Milton tivesse levado em 2002. Mas o disco de Gilberto Gil e Milton Nascimento perdeu para Full Circle: Carnegie Hall 2000, do músico indiano Ravi Shankar (também conhecido como pai de Norah Jones). Na cerimônia de 2006, Gil finalmente faturou o segundo troféu:Eletracústico (2005) foi laureado com o Grammy de Best Contemporary World Music Album.
Mostrando que nosso país tropical não é feito apenas de bossa nova e MPB, em 2001, Alex Klein foi o vencedor da categoria Melhor Performance Instrumental de Solista de Música Clássica (com Orquestra) por seus concertos para sopro de Strauss e concerto para oboé. No ano passado, o grupo paulista Trio Corrente comemorou a vitória do Melhor Álbum de Jazz Latino por Song For Maura, parceria com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera.
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