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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Só de sunga, Caetano Veloso curte praia em Tel Aviv e gera polêmica

(Foto:Divulgação)

Na noite desta última terça-feira, 28 de julho, depois de se apresentar com Gilberto Gil em Tel Aviv, Caetano Veloso aproveitou a oportunidade para curtir a praia local e posou nas redes sociais apenas de sunga.
Os internautas, no entanto, deixaram várias críticas ao músico nos comentários. “Uma praia igualzinha a que Israel bombardeou, há um ano, 4 crianças que cometeram o grande crime de jogar futebol”, disse uma. “Vindo de Tel-Aviv, a gente em Portugal não está muito animada para te receber não…”, comentou um outro. Um terceiro seguidor ainda foi mais direto: “Tenta ir la na praia de Gaza. Que pena nao pode ne? Israel não deixa ne? Não deixa entrar e nem sair pessoas, alimentos, remédios, agua, eletricidade, nada. Espero que esteja tomando seus bons drinks na praia de Tel Aviv com seu dinheiro sujo de sangue”.
(Reprodução/Facebook)
(Reprodução/Facebook)
Outros fãs de Caetano mostraram apoio a ele. “Me desculpem os mais exaltados, mas Caetano Veloso e Gilberto Gil foram levar a música para Tel-Aviv. Agora dane-se pelo fato da política querer aparecer. Acho que ser cordial não significa concordar com seu modo de fazer as coisas. Eles foram educados e ponto!”, escreveu. “Orgulho de vcs Caetano e Gil. Orgulho de ser brasileira. A paz (quem realmente a quer) não se faz com atitudes infantis e odiosas como boicotes e sim com amizade, musica , samba, boas relaçoes , tudo que nos brasileiros temos para dar de bom ao mundo”, postou uma outra internauta.
 O motivo da revolta de alguns seguidores dos músicos é justamente por conta do show que eles fizeram em Israel. O movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) pediu aos baianos que cancelassem a apresentação por considerar que isso poderia representar um apoio à ocupação. Caetano e Gil, no entanto, mantiveram o show, mas não chegaram a comentar sobre o caso durante a apresentação.
Mas pouco antes do show, Caetano chegou a falar sobre a polêmica e, segundo informações do ‘G1′, explicou: “Decidimos não cancelar porque preferimos falar, dialogar e também porque queríamos aprender mais. Estive em Israel várias vezes e sempre amei este lugar. Mas sei que a situação é difícil e dura. Ontem fui a Susya e voltei querendo dizer: é preciso parar a ocupação, é preciso parar a segregação. Quase chorei quando fomos a Susya porque o que ouvi de um ex-soldado [israelense] e de um palestino que vive ao sul de Hebron é duro demais”.

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