Desde a semana passada a imagem de um indígena da etnia Igorot, da província de Ifugao, nas Filipinas, vem fazendo sucesso nas redes sociais. O corpo musculoso de Jason Balabad, de 29 anos, chamou a atenção dos internautas e dos visitantes que compareceram à cerimônia doAcendimento do Fogo Ancestral Indígena, realizada na última sexta-feira (23) na Praça dos Girassóis, em Palmas. O ritual fez parte da programação dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI). O evento segue até este sábado (31) na capital.
Balabad é membro da Marinha Filipina e conta que é acostumado a praticar esportes. "Nas Filipinas eu treino, corro e levanto peso todos os dias. Também não tenho uma dieta restrita e como de tudo."
Nas redes sociais, internautas, sobretudo mulheres, fizeram comentários entusiasmados sobre o filipino. Uma escreveu "Isso que é índio". Outra comentou "Gente, que lindo". E ainda, "Meu Deus que indio gato. Vou ali mostrar a cidade para ele".
O atleta conta que não se sente incomodado com o assédio feminino. "Fico bem feliz pelo fato das brasileiras admirarem meu porte físico, eu também acho elas muito atraentes".Segundo o indígena, ser forte também é uma característica da etnia dele. Durante os Jogos, o atleta compete nas modalidades corrida de 100 metros, corrida de tora, arremesso de lança e cabo de guerra. A delegação filipina é composta por nove membros.
O jovem é casado com uma oficial da Marinha e conta que ela não é ciumenta. "Minha mulher fica tranquila quanto a isso. Ela fica feliz que outras mulheres apreciem o marido dela".
Um dos integrantes da delegação filipina, Antonio Tamayo, conta que na região sul das Filipinas, Balabad também é considerado um homem muito atraente. "Acredito que seja pela imagem de força que ele transmite e ao mesmo tempo pela fisionomia doce que ele transparece."
As poucas peças de roupa que Balabad vestia no dia da cerimônia do Acendimento do Fogo Ancestral Indígena tem um significado especial.
"São roupas tradicionais. As vestes e o gongo [instrumento usado durante as apresentações] nos ligam ao passado. Onde moramos temos acesso a muitas coisas, a tecnologia. Então, para preservar nossa tradição, sempre vestimos elas às segundas."
De acordo com Balabad, o clima das Filipinas é parecido com o de Palmas, mas os indígenas do povo dele também são preparados para o frio. Quando as temperaturas baixam, a roupa escassa, ganha uma capa para proteção contra o clima.
Sobre os JMPI, o atleta acredita ser uma oportunidade para mostrar aos mais jovens as tradições indígenas. "É bom que eles conheçam desde pequenos. O evento abrange a cultura tradicional dos povos. Nas Filipinas dizemos que não podemos saber para onde vamos se não sabemos de onde viemos. As pessoas precisam aprender a respeitar a cultura indígena. Aqui somos como embaixadores da cultura indígena do nosso país."
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