Spotify não afeta vendas de discos, diz estudo

Desde seu lançamentoem 2008, a plataforma de música por streaming Spotify se tornou alvo de críticas frequentes dos artistas e dos donos de gravadoras. Segundo um novo estudo realizado pelo economista Joel Waldfogel, da Universidade do Minnesota, nos Estados Unidos, e Luis Aguilar, do Centro Comum de Investigação de Sevilha, na Espanha, e publicado no site de notícias norte-americano Slate, o serviço sueco não tem nenhum impacto negativo nas vendas de discos.

Os dois pesquisadores analisaram os dados dos países onde o Spotify cresceu muito entre 2013 e 2015, e os comparam com os das nações onde o serviço não decolou. Eles se deram conta de que o primeiro efeito da plataforma é reduzir a quantidade de compartilhamento ilegal de arquivos. Entretanto, os usuários hoje preferem ouvir uma faixa muitas vezes ao invés de comprá-la.

O estudo também mostra que existe um equilíbrio econômico entre a diminuição das compras de faixas e o aumento da popularidade do streaming. “Analisando a renda da indústria por cada música comprada (US$ 0,82) e o valor de pagamento recebido por cada stream (US$ 0,007), estimamos que as perdas em varejos são aproximadamente compensadas pela renda do streaming. Em outras palavras, nossa análise mostra que o streaming online não prejudica os lucros da indústria musical”.