sexta-feira, 20 de maio de 2016
Cinema
Se a mostra competitiva do Festival de Cannes tem sido bastante irregular, com poucos grandes filmes e muitas decepções, fato é que, até o momento, nada havia alcançado o nível de bomba indiscutível. Hoje, Sean Penn chegou com seu novo filme e rapidamente assumiu este posto.
The Last Face, seu novo trabalho como diretor, é incrivelmente ruim. Estrelado por Charlize Theron e Javier Bardem, trata-se de um libelo por melhores condições de vida na África e também para que os demais países, da Europa principalmente, tratem melhor os refugiados. Tudo muito bonito e digno de aplausos, se o diretor não tivesse assumido de forma escancarada o viés do clichê e do preconceito diante do continente africano.
Sem o menor interesse em compreender a realidade local, como fez o emblemático Beasts of No Nation, Penn opta pela visão do "estrangeiro branco dedicado a salvar a África de seus males", custe o que custar. Os habitantes locais ora são selvagens bárbaros, ora o perfil típico do "bom africano", de camisa social limpa e educação impecável. Não há meio termo entre eles.
Bastante violento, de forma a ressaltar a barbárie existente, The Last Face ainda traz um romance insípido entre seus protagonistas, recheado de diálogos redundantes. Foi quando, impressionado com a má qualidade do filme, o público passou a ridicularizar o longa-metragem a cada novo diálogo tosco, com risadas e aplausos sarcásticos.
Ao término da sessão, a esperada vaia não tardou. Vale lembrar que este é o terceiro filme da mostra competitiva vaiado neste ano, após Personal Shopper eThe Neon Demon. Juste la Fin du Monde também teve algumas vaias, apesar dos aplausos terem sido mais intensos.
Ainda não há previsão para o lançamento de The Last Face nos cinemas brasileiros.
Festival de Cannes 2016:The Last Face, dirigido por Sean Penn, é ridicularizado pelo público
Se a mostra competitiva do Festival de Cannes tem sido bastante irregular, com poucos grandes filmes e muitas decepções, fato é que, até o momento, nada havia alcançado o nível de bomba indiscutível. Hoje, Sean Penn chegou com seu novo filme e rapidamente assumiu este posto.
The Last Face, seu novo trabalho como diretor, é incrivelmente ruim. Estrelado por Charlize Theron e Javier Bardem, trata-se de um libelo por melhores condições de vida na África e também para que os demais países, da Europa principalmente, tratem melhor os refugiados. Tudo muito bonito e digno de aplausos, se o diretor não tivesse assumido de forma escancarada o viés do clichê e do preconceito diante do continente africano.
Sem o menor interesse em compreender a realidade local, como fez o emblemático Beasts of No Nation, Penn opta pela visão do "estrangeiro branco dedicado a salvar a África de seus males", custe o que custar. Os habitantes locais ora são selvagens bárbaros, ora o perfil típico do "bom africano", de camisa social limpa e educação impecável. Não há meio termo entre eles.
Bastante violento, de forma a ressaltar a barbárie existente, The Last Face ainda traz um romance insípido entre seus protagonistas, recheado de diálogos redundantes. Foi quando, impressionado com a má qualidade do filme, o público passou a ridicularizar o longa-metragem a cada novo diálogo tosco, com risadas e aplausos sarcásticos.
Ao término da sessão, a esperada vaia não tardou. Vale lembrar que este é o terceiro filme da mostra competitiva vaiado neste ano, após Personal Shopper eThe Neon Demon. Juste la Fin du Monde também teve algumas vaias, apesar dos aplausos terem sido mais intensos.
Ainda não há previsão para o lançamento de The Last Face nos cinemas brasileiros.
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