“Não Devore Meu Coração”, primeiro filme solo de Felipe Bragança (codiretor de “A Alegria”), teve um teaser divulgado. As legendas em inglês refletem a origem americana do material. Selecionado para o Festival de Sundance, o filme tem como título em inglês “Don’t Swallow My Heart, Alligator Girl!” (“Não Engula Meu Coração, Garota Crocodilo!”, em tradução literal) e busca distribuição nos EUA.
A prévia destaca a fotografia, que foi elogiada pela crítica americana, e mostra apenas de passagem seu ator mais conhecido, Cauã Reymond (“Alemão”).
A trama gira em torno de Joca (o estreante Eduardo Macedo), adolescente de 13 anos, irmão do personagem de Reymond, que se apaixona por uma garota paraguaia. Ao tentar conquistá-la, ele descobre as consequências da Guerra do Paraguai e percebe os paralelos entre as disputas da gangue de motociclistas do irmão e os jovens descendentes de índios guaranis. O elenco também inclui Cláudia Assunção (“Hoje”), Leopoldo Pacheco (novela “Velho Chico”) e o cantor Ney Matogrosso (“Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha”).
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Filme é detonado pela critica americana
Mas parece que os críticos americanos não se empolgaram com o filme e a maioria das criticas aé agora são péssimas.
A resenha menos destrutiva, publicada no site Screen Daily, considerou o filme “desigual”: “Há flashes de inspiração e momentos memoráveis suficientes para garantir a atenção no circuito dos festivais, mas há também uma sensação persistente de que Bragança abocanhou mais do que poderia mastigar”.
A pior avaliação veio da revista Variety, que, para ilustrar o amadorismo da produção, chega a mencionar uma cena dramática de funeral, “que não deveria produzir risadas”. Embora tenha havido menções positivas para a direção de fotografia de Glauco Firpo (“Castanha”) e a atuação Cauã Reymond (“Alemão”), estes elementos são citados como antítese. Por exemplo: “O contraste entre o popular ator brasileiro Reymond (também co-produtor), mastigando suas frases com a formação de um profissional, e os artistas amadores claramente inseguros de como dizer diálogos pouco naturais, destrói qualquer ilusão de coesão”. A lista de defeitos citados segue, arrasadora, da “edição sem brilho” à inserção “inelegante” de trechos musicais.
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