Situada no Estado de Goiás, a comunidade de Araras, distante 40 quilômetros de Faina, tem o maior grupo de pessoas que sofrem de uma rara doença de pele hereditária, conhecida como xeroderma pigmentosum, ou "XP", que provoca tumores na face. A informação é da Associated Press.
As pessoas diagnosticadas com a doença são extremamente sensíveis aos raios ultravioletas do sol e altamente suscetíveis ao câncer de pele. A condição também faz com que os pacientes não consigam se recuperar dos danos causados pelo sol na pele.
Como Araras é uma comunidade agrícola, o trabalho ao ar livre é a principal fonte de renda da população. Isso torna ainda mais difícil a vida dos portadores da doença.
"Sempre estava exposto ao sol - no trabalho, no plantio, na colheita de arroz e na hora de cuidar das vacas", afirma Djalma Antonio Jardim, 38. "À medida que os anos se passaram, minha condição piorou", destaca.
A agricultura não é mais uma opção para Jardim. Ele sobrevive em uma pequena pensão do governo e do rendimento de uma sorveteria que ele administra.
Jardim tinha apenas nove anos quando um grande número de sardas e pequenos caroços começaram a aparecer em seu rosto. De acordo com os especialistas, estes são os primeiros sinais da doença, e o paciente precisa se proteger do sol imediatamente.
Tal precaução não foi tomada por Jardim, que agora usa um chapéu de palha para proteger o rosto dos raios solares, mesmo que tenha pouca eficácia. Ele foi submetido a mais de 50 cirurgias para remover tumores de pele.
Em um esforço para camuflar a forma como a doença devora a pele de lábios, nariz, bochechas e olhos, Jardim usa uma máscara rudimentar.
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