A sina acabou. O medo, também. O fantasma da Argentina, do monstruoso Luis Scola, do time invencível, do jogador imparável, das derrotas dramáticas... Tudo isso acabou. O passado ficou no passado. E o presente, neste domingo, 7 de setembro de 2014, é apenas um: o Brasil venceu a Argentina na Copa do Mundo de basquete. O placar que fica para a história é o do Palácio de Esportes de Madri: 85 a 65.
Um placar construído com uma atuação que anulou taticamente a principal arma dos rivais. Luis Scola, 37 pontos no confronto do último Mundial, não jogou. Pablo Prigioni, que começou o jogo acumulando bolas de três, carregou-se em faltas e pouco pôde fazer no fim da partida.
E sem seus dois principais nomes, a Argentina teve dificuldades. No Brasil, Marcelinho Huertas não foi bem como de costume - mas Raulzinho apareceu para mostrar que o futuro pode até ser agora. Mas o passado, não.
A seleção brasileira agora enfrenta a Sérvia, na quarta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. O duelo, em Madri, será o segundo das duas seleções no Mundial - no primeiro, em Granada, vitória brasileira por 81 a 73.
O jogo - As duas equipes começaram a partida tensas e cometendo muitos erros. Os brasileiros até conseguiam manter a estratégia de marcar o ala-pivô Luis Scola de forma implacável, mas os argentinos encontravam segurança no armador Pablo Prigioni. Preciso nos chutes de três, ele terminou o primeiro quarto com 11 pontos, e os argentinos, com uma boa sequência no fim do período, chegaram a 21 a 13.
Na seleção brasileira, os maiores problemas eram a defesa nas bolas de longa distância e as atitudes precipitadas no ataque; foram 4 arremessos de três, todos errados, na primeira parcial.
No segundo quarto, a seleção brasileira conseguiu equilibrar o jogo. Scola, ora marcado por Nenê, ora por Varejão, continuava pouco operante. Guilherme Giovanonni, com duas cestas de três - uma delas com direito a lance livre extra - e Leandrinho conseguiram recolocar a equipe de Rubén Magnano na disputa ponto a ponto: o período terminou com os argentinos ainda na frente, 36 a 33.
Se Scola estava sob controle até então, faltava parar Pablo Prigioni. O veterano armador foi para o intervalo com 15 pontos e 100% de aproveitamento nos lances livres e nos arremessos de quadra.
Sem conseguir parar Prigioni nos arremessos, a seleção brasileira o fez de outra forma: o armador argentino chegou a quatro faltas e não voltou à quadra até o fim do terceiro quarto.
Sem seu cérebro em quadra, e com Scola ainda anulado pelos pivôs brasileiros, a Argentina entrou em parafuso. A seleção brasileira aproveitou. Marquinhos, outra vez, assumiu a responsabilidade de tentar os arremessos mais difíceis, Raulzinho deu novo ritmo na armação. E Anderson Varejão surgiu, monstruoso, brigando por todas as bolas como se fossem a última do jogo.
Um Brasil praticamente impecável venceu o período por 24 a 13. Faltavam dez minutos para uma vitória histórica.
E foram dez minutos históricos como o resultado. A diferença chegou a 20 pontos e, quando Prigioni tentou arriscar mais uma bola de três pontos, parou em um toco de Nenê. No pasarán.
Para encerrar os trabalhos, outro toco de Nenê, em Scola. No pasarán.
Para encerrar os trabalhos, outro toco de Nenê, em Scola. No pasarán.
A Argentina foi, durante 12 anos, um pesadelo para o basquete brasileiro. Não é mais.
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