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sábado, 8 de março de 2014

5 mulheres são espancadas a cada 2 minutos no Brasil

Dia Internacional da Mulher

A pesquisa 'Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado" da Fundação Perseu Abramo, organizada pelo professor da Faculdade de Sociologia da USP, Gustavo Venturi, a violência contra a mulher permeia toda a sociedade, seja qual for o recorte, renda, cor, escolaridade, região, ou outro fator. O estudo investigou 20 diferentes modalidades de violência, agrupadas por controle ou cerceamento, violência física, psíquico-verbal, sexual e assédio.
Espancadas a cada 2 minutos
E revelou que 10% das entrevistadas já foram espancadas uma vez na vida – 20% dessas no último ano. Resultado: cinco mulheres são espancadas no Brasil a cada 2 minutos. “Durante muito tempo, a sociedade defendeu que em briga de marido e mulher não se mete a colher, as mulheres não encaram publicamente, as pessoas acham que é um problema do casal”, acredita Venturi. Quando questionados, os homens revelam a proximidade com a violência. “Dos homens entrevistados 50%  disseram conhecer alguém que já bateu em mulher, e 25% tinham algum caso na família.”
O que motiva tanta violência? Em metade dos casos, tanto homens quanto mulheres declararam que a briga por causa da fidelidade é apontada como principal vilã, demonstrando que o tema da posse, do pertencimento ao outro, é a questão de fundo que mais alimenta essa violência. “Isoladamente é a principal razão. As questões relativas à autonomia delas (a mulher quer sair para trabalhar, escolher como se vestir ou voltar a estudar) geram 1/5 das agressões.”
Mulheres machistas
Segundo ela, o machismo no Brasil se deve muito às mulheres. “São elas as transmissoras dos piores preconceitos. Na vida pública, elas têm um comportamento liberal, competitivo e aparentemente tolerante. Mas em casa, na vida privada, muitas não gostam que o marido lave a louça; se o filho leva um fora da namorada, a culpa é da menina; e ela própria gosta de ser chamada de tudo o que é comestível, como gostosa e docinho, compra revistas femininas que prometem emagrecimento rápido e formas de conquistar todos os homens do quarteirão. O que mais vemos é o machismo das nossas mulheres.”
A posição é polêmica, mas ajuda a compreender a subserviência feminina diante de questões maiores, como a aceitação de salários muito mais baixos do que o dos homens, ainda que com jornadas de trabalho tão ou mais exaustivas.

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