A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em Brasília. Brasil e Índia são parceiros no Bric. (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
O ano mal começou e as projeções para o Brasil no cenário econômico mundial não são animadoras. Em 2015, o Brasil poderá perder a sétima posição no ranking global de Produto Interno Bruto (PIB) para a Índia, sua parceira no bloco dos emergentes, o Bric. A Índia deve surpreender este ano e ultrapassar não apenas o Brasil, mas também a Itália. Isso a colocaria na sétima posição e jogaria o Brasil para a 8ª e a Itália para a 9ª. A estimativa foi feita pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) e divulgada pelo jornal Folha de S. Paulonesta sexta-feira.
As projeções da EIU apontam para um crescimento de 6,5% do PIB da Índia em 2015, ante menos de 1% para o Brasil. Se isso se confirmar, as economias indiana e brasileira registrariam 2,48 e 2,12 trilhões de dólares, respectivamente, ao fim de dezembro. A Itália, 2 trilhões de dólares. Estados Unidos continuam na liderança, com 18,3 trilhões de dólares, bem distante do segundo colocado, a China, com 11,3 trilhões de dólares no fim deste ano.
Entre os motivos para essa escalada indiana está a ascensão de um governo reformista, do primeiro-ministro Narendra Modi, em maio de 2014. Modi está conseguindo um feito importante para a economia do país ao destravar a agenda de reformas, como, por exemplo, o anúncio de um plano para reduzir o elevado custo trabalhista do país. A indicação de Raghuram Rajan, ex-economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), para o comando do banco central do país em setembro de 2013 também ajudou no clima de negócios, além da estabilização do déficit de conta corrente e o controle da inflação.
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